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coletores de plantas do Brasil
Abreviaturas dos nomes dos coletores

Uma proposta de padronização de formatos para a troca de informações eletrônicas de espécimes de herbário é o Herbarium Information Standards and Protocols for Interchange of Data (HISPID; Conn, 1996), desenvolvida por um comitê de herbários Australianos e adotado pelo TDWG (International Working Group on Taxonomic Databases for Plant Sciences; junho/2003). Nesta proposta é recomendado que o coletor seja citado da seguinte maneira: sobrenome com a primeira letra maiúscula, seguido por vírgula e espaço e iniciais do nome em letras maiúsculas, separadas por pontos (ex. Kinoshita, L.S.).
Quando se trabalha com nomes de origens diversas, oriundos de etiquetas de herbário e bancos de dados de instituições de pesquisa, surgem dúvidas com relação a sobrenomes compostos, usos de preposições, prefixos e pospostos. A forma como os nomes próprios são constituídos é bastante variável entre as diferentes nacionalidades e o desconhecimento destes costumes dificulta a abreviação destes nomes. Detectados estes problemas, foram analisados os procedimentos utilizados por Brummitt & Powell (1992) para abreviar os nomes dos autores de nomes de plantas e os procedimentos sugeridos pelo "Collection Group" do HISPID (Conn, 1996) a respeito dos nomes de coletores. Reunindo estas informações com observações relativas a nomes de brasileiros, listamos alguns dos procedimentos sugeridos.

Sobrenomes compostos

Em sobrenomes compostos de origem espanhola, o primeiro nome é usualmente o mais importante (nome paterno antecede o materno), por isso as abreviações devem possuir os dois sobrenomes ou o último sobrenome pode não ser citado (ex. González-Medrano, F. ou González, F. e não Medrano, F.G.). Brummitt & Powell (1992) não aceitam a forma em que um dos sobrenomes é reduzido à inicial, como em González M., F., forma esta bastante comum em abreviações de nomes de coletores. Sugerimos a utilização dos dois sobrenomes.
Em sobrenomes compostos de origem portuguesa, o último nome é considerado o mais importante, embora os dois nomes possam ser utilizados. Os dois nomes devem ser mantidos quando ligados por hífen (ex. Marcondes-Ferreira), quando compostos por um adjetivo e um substantivo (ex. Castelo Branco) e quando um dos sobrenomes é um adjetivo posposto que indica parentesco, como, Filho, Neto, Sobrinho e Júnior (ex. Leitão Filho, H.F.). Como existem casos em que o sobrenome é idêntico ao posposto (e.g. Neto, Sobrinho), estes nomes serão considerados sobrenomes somente quando forem os únicos ligados ao primeiro nome. A manutenção dos dois sobrenomes também é desejável nos casos em que o último nome é bastante comum (e.g. Silva, Alves, Pereira, Souza, etc..), para auxiliar na distinção de abreviações idênticas.

Preposições ou prefixos

As preposições e prefixos constantes em nomes próprios podem gerar entradas diferentes para um mesmo coletor. É muito frequente a não uniformização das abreviações quando eles existem.
É sugerido pelo HISPID (Coon, 1996) que títulos sejam omitidos e que, em casos nos quais o sobrenome consista de uma preposição e um substantivo, a preposição deve estar em letras minúsculas e o substantivo com a primeira letra maiúscula. As entradas devem ser feitas pelo sobrenome e não pelas preposições ou prefixos (Aart, J. H. van e não van Aart, J. H.), salvo os casos em que estes são tratados como parte do nome familiar, por terem sofrido influência de outra língua, (ex. De Nardi, Vanderheide) ou por constituírem prefixos patronímicos como O', M', Mac' e Mc' (ex. MacDonald, O., O'Conner, S.; Conn, 1996).

Referências

Brummitt, R. K. & Powell, C. E (eds.). 1992. Authors of Plant Names. Royal Botanic Gardens, Kew, Kew.

Conn, B. J. (ed.) 1996. HISPID3, Herbarium Information Standards and Protocols for Interchange of Data. Version 3. Sydney: Royal Botanic Gardens. (07/2003)
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